
"A natureza é o grande sacerdote, o grande pintor, o grande poeta sagrado e o grande musico de Deus. O ninho de andorinhas onde os filhinhos chamam e saúdam o pai e a mãe, sob a cornija arruinada de um velho templo; os suspiros do vento que sopra do mar e que parecem trazer aos despovoados claustros da montanha as palpitações da vela, os gemidos da vaga e as últimas notas do canto do pescador; as emanações embalsamadas que atravessam, por momentos, a nave; as flores que se desfolham e cujas pétalas caem sobre os túmulos; o balouçar das sanefas verdejantes que vestem os muros; o eco sonoro e repercutido dos passos do visitante naqueles subterrâneos onde repousam os mortos; tudo isto é tão cheio de unção, tão piedoso, tão infindo de impressões, como outrora o mosteiro em todo o seu esplendor sagrado. " (continua)