

"Com as pernas pendentes sobre o abismo e os olhos errantes pela imensidade luminosa das águas, que se confundiam com a imensidade luminosa do céu, sentei-me sobre o muro revestido de hera dum vasto e alto terraço desmantelado, que dominava o lago. Não poderia dizer, de tal modo os dois azuis se misturavam na linha do horizonte, onde começava o céu e onde terminava o lago. Parecia-me estar nadando no puro éter abismar-me no oceano universal. Mas a alegria interna em que mergulhava era mil vezes mais infinita, mais luminosa e incomensurável do que a atmosfera com a qual eu me confundia assim. E essa alegria, ou antes essa serenidade interior, impossível seria defini-la a mim próprio." (continua)
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