

" Depois, quem era esta mulher? Uma criatura como eu ou uma dessas aparições, desses meteoros vivos que perpassam pelo céu da nossa imaginação, num rápido deslumbramento da vista? E o seu coração estaria livre para corresponder ao meu? Seria crível que tão deslumbrante beleza tivesse feito a travessia do mundo e chegado aquela fascinante maturação que é quase o declinar da mocidade, sem ter abrasado na sua passagem alguém em que os seus olhos houvessem pousado?
Tudo isto eu dizia a mim mesmo, para afastar de mim a obsessão involuntária, desanimada, e ainda assim deliciosa. Não queria informar-me a seu respeito. Achava indigno do meu estoicismo querer desvendar o incógnito. Correspondia mais ao meu sentir, era mais agradável à minha própria dignidade, deixar flutuar o espírito nessa hesitante ignorância." Continua
6 comentários:
Acho muito interessante a poesia
( não tenho esse dom ! talvez o porque de eu admirar tanto ), o poeta qdo escreve direciona suas palavras para um ponto ( seja ele qual for ... ), ou para alguma coisa em especial, ou até mesmo para alguém; mas é exatamente aí o grande mistério, quem lê a poesia admira mas a grande verdade, é que nós simples mortais nunca a compreendemos por completo;
talvez essa seja a grande beleza da poesia:
- o mistério...,
abçs
Muito bonito.. é curioso, sempre falas de mulheres que saó muito longinguas, distantes, quase inalcanzavels.... nao se... mas há muitas, muito cedo..
Boa noite e até cedo
Cada vez mais as imagens interagem com suas palavras, parabéns, gostei muito, abçs
Belíssimo texto. Romãntico como só nessa época!
Muito bonito. Gostei da forma como conjugas as imagens, visual e poética.
Abraços.
a segunda imagem, simplesmente espectacular... e também gosto do texto :)
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