sábado, 24 de maio de 2008

RAFAEL / 11







"Mas eu tinha o coração demasiadamente cheio das minhas próprias impressões para poder interessar-me por essa solidão. O ascetismo e o entusiasmo dos primeiros mosteiros converterem-se numa profissão. Depois, vidas sem vidas sem elos entre os freires, sem utilidade para o mundo tinham-se consumido nesses claustros, não deixando vestígios, nem saudades sobre os túmulos. Extasiei-me perante a rapidez com que a natureza se apodera dos sítios ermos e das habitações abandonadas pelo homem, e quanto a arquitectura viva de arbustos, que sebes enraízam na argamassa de silvas, heras flutuantes, goivos suspensos, plantas trepadeiras estendendo o seu espesso manto sobre as fendas dos muros."( continua)

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