sexta-feira, 9 de maio de 2008

RAFAEL/3



"Foi longa e horrível a ansiedade da minha alma durante a hora que empregamos em atravessar quase toda a largura do lago e alcançar o barco em perigo. Quando, finalmente, o abordamos, já ele estava próximo da praia, para onde uma onda o havia arremessado, á nossa vista, sobre a areia, junto ás ruínas da abadia. soltamos um grito de alegria e deitamo-nos á água, para mais depressa corrermos ao barco e conduzir á praia a naufraga doente.  O pobre barqueiro, consternado, chamava-nos em seu auxílio com gestos de aflição e brados de angústia. Mostrava.nos com a mão o fundo do barco, que não podíamos distinguir ainda; ao chegar, vimos a jovem estendida sem sentidos, com as pernas, o corpo e os braços cobertos de água gelada e de flocos de espuma; só tinha o busto fora de água, e a cabeça, como a de uma defunta, apoiada á caixinha de madeira que serve para guardar, á popa, as redes e as provisões dos barqueiros."(Continua)

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