sábado, 10 de maio de 2008

RAFAEL/4



"Os cabelos flutuavam-lhe em volta do pescoço e dos ombros, como as asas de uma ave negra meio submersa á beira de um tanque. O rosto, cujas cores não se haviam desvanecido de repente, tinha a expressão do sono mais tranquilo. Apresentava essa beleza sobrenatural que o derradeiro suspiro deixa no rosto das raparigas mortas, como o mais encantador raio de vida na fronte donde desaparece ou como o primeiro crepúsculo da imortalidade nas feições  que quer divinizar na memória dos sobreviventes. Nunca a vira e nunca mais a tornarei a ver tão celestialmente transfigurada." (Continua)

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