quarta-feira, 4 de junho de 2008

RAFAEL / 13


"Eu não estava, nesse instante, suficientemente senhor dos meus pensamentos para explicar a mim mesmo essas vagas reflexões. Estava como um homem a quem tiram um peso e respira a largos haustos, distendendo os músculos contraídos e andando de um para outro lado com toda a força, como se quisesse devorar o espaço e recolher nos seus pulmões todo o ar do Céu. O fardo de que acabavam de me aliviar era o meu coração. Dando-o, afigurava-se-me ter conquistado pela primeira vez, a plenitude da vida. O homem é de tal modo criado para o amor, que só se sente homem no dia em que ama verdadeiramente. Até então procura, inquieta-se, agita-se, erra nos seus pensamentos. Desde esse momento, pára, descansa, alcançou a meta do seu destino."( continua)

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