sábado, 27 de dezembro de 2008

Rafael/ 18


" Entretanto, um dia, passando, antes da noite, pela pequena porta do jardim por debaixo das latadas, vi mais de perto a estrangeira, que se aquecia aos frouxos raios de sol, sentada junto a um muro virado ao poente. Não ouvira o ruído da porta, que eu tornara a fechar. Julgava-se completamente só. Contemplei-a durante muito tempo, sem que me visse. Entre mim e ela não existia senão a distância de vinte passos e a cortina de uma latada despida de pâmpanos pelos primeiros frios. Só a sombra das últimas parras lutava com os raios do sol que pareciam flutuar-lhe no rosto. A sua estatura mostrava ser maior do que a ordinária, como a dessas banhistas de mármore, envolvidas em roupagens cuja estatura admiramos sem lhes distinguir bem as formas." Continua. 

2 comentários:

Angela Ladeiro disse...

Espero a continuação. Sigo atentamente e gosto.

netuno artes disse...

Admiro toda e qualquer manifestação artística;
é bem verdade que minha aptidão é direcionada para o desenho e pintura, mas tudo é arte, tudo é divino,
abçs,
agradeço vc estar seguindo, vou fazer o mesmo, porém estou tendo problemas com meu computador, mas tmbm vou seguir, parabéns pelo trabalho

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